segunda-feira, 27 de julho de 2009


Considerações Finais



Pude aprender muito com o conteúdo e os textos trabalhados em sala, inclusive as informações passadas mostraram a grande importância contínua da realização de reflexões e ações sobre a responsabilidade que tem o currículo, possibilitando o conhecimento das ações desenvolvidas e as diferentes formas de ser trabalhada, sendo base de diálogo e reflexão para toda a equipe escolar e para nós alunos do curso de pedagogia, e tendo o resultado que se espera, que é a possibilidade de que os alunos tenham uma experiência escolar coerente e bem-sucedida pois a escola passa a saber realmente qual é a sua função social e assim utiliza o currículo como benefício para essa construção.

Currículo Modelado pelos professores





Um ensino de qualidade, que busca formar cidadãos capazes de interferir criticamente na realidade para transformá-la, deve contemplar o desenvolvimento de capacidade que possibilitem adaptações ás complexas condições e alternativas de trabalho que temos hoje, e a lidar com a rapidez na produção e na circulação de novos conhecimentos e informações, que têm sido avassaladores e crescentes. A formação escolar deve possibilitar aos alunos condições para desenvolver competência e consciência profissional, mas não restringir-se ao ensino de habilidades imediatamente demandadas pelo mercado de trabalho.
A discussão sobre a função do curriculo não pode ignorar as reais condições em que esta se encontra. A situação de precariedade vivida pelos educadores, expressa nos baixos salários, na falta de condições de trabalho, de metas a serem alcançadas, de prestigio social, na inércia de grande parte dos órgãos responsáveis em alterar esse quadro, provoca, na maioria das pessoas, um descrédito na transformação da situação influenciando esses educadores. Essa desvalorização objetiva do magistério acaba por ser interiorizada, bloqueando as motivações. Outro fator de desmotivação dos profissionais da rede pública é a mudança de rumo da educação diante da orientação política de cada governante. Ás vezes as transformações propostas reafirmam certas posições, e ás vezes outras. Esses movimentos de vai e volta gera, para a maioria dos professores, um desânimo para se engajar no projetos de trabalho propostos, mesmo que lhes pareçam interessante, pois eles dificilmente terão continuidade.
Em síntese, as escolas brasileiras, para exercerem a função social, precisam possibilitar o cultivo dos bens culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades dos alunos, dos pais, dos membros da comunidade, do professores, enfim dos envolvidos diretamente no processo educativo. E nesse universo que o aluno vivenciam situações diversificadas que favorecem o aprendizado(quando o professor aprende a interagir com essa realidade), para dialogar de maneira competente com a comunidade, aprender a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e a ser ouvido, a reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a participar ativamente da vida cientifica, cultural, social e política do país e do mundo.
A escola, considerada um espaço de transmissão e construção de conhecimentos, vem sendo pressionada a adaptar-se ás transformações ocorridas na sociedade moderna, que começa exigir, para o mercado de trabalho, um mão de obra qualificada, em diversos setores e em menos tempo possível, a qual deverá ser preparada pela escola. Que vem se constituindo, cada vez mais como espaço de “informação”, muitas vezes, com prejuízo da “formação” e da cultura desenvolvida nessas escolas. Nesse contexto, devemos produzir sempre uma discussão sobre a educação enquanto instrumento de construção do conhecimento de forma crítica, prática e política.

segunda-feira, 29 de junho de 2009


E o para o professor como o currículo é apresentado????
Sabemos que o professor tem uma certa autonomia sobre o currículo, para transformá-lo de acordo com as necessidades de ordem social e cultural, valorizando e selecionando os seus conteúdos de acordo com a prática que necessita no seu dia a dia.Mas por que isso não acontece??
O desenvolvimento profissional deve estimular "margens de liberdade" para o professor mudar suas práticas em cada reflexão!!!

Veja como muitas vezes a população sofre com a contínua decadêcia de nossos profissionais, devido a falta de reflexão de sua própria prática, em alguns lugares do Brasil.


terça-feira, 9 de junho de 2009

O currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise prática?




Como sabemos se em nossa prática estamos realmente refletindo sobre o currículo???

Quanto mais o currículo se preocupa em estabelecer relações com a prática escolar, maior a probabilidade de ele se tornar eficaz. Daí ser o currículo um dos elementos centrais da escola, um indicador de sua eficiência e eficácia. Constitui, então, um desafio para o professor, em como lidar e discutir o currículo, como primeiro referencial antes de usá-lo em sala, ele não deve ter o papel de transmissor, mas sim de mediador da comunicação cultural, passando a cultura externa dentro do currículo (realidade curricular) e encaminhar o trabalho da escola para uma vivência curricular que envolva a todos e que amplie as possibilidades de os alunos desenvolverem, no espaço da escola, as competências necessárias à integração na vida.
Assim, presenciamos sempre desafios e tensões quando as identidades são convidadas a “participar” do currículo, a criação das condições para que a prática pedagógica dos professores corresponda a uma ação cuidadosamente planejada para o sucesso da aprendizagem dos alunos , deve ser reflexiva e não para simplesmente aprovar ou reprovar. Cabe ao professor escolher a maneira como irá conduzir a aprendizagem consciente de que nenhum currículo garante transformação total, mas pode possibilitar a orientação necessária.
Então como fazer isso em uma escola na prática?

Nada melhor que entrevistar um professor, principalmente na escola privada em que esses currículos e conhecimentos são rigidamente pré-estabelecidos pela instituição, e foi isso que eu fiz.
Veja agora o que uma professora da rede privada, em Duque de Caxias, respondeu sobre esse assunto:

- O que você, como professor, que atua diretamente com os alunos pensa sobre conteúdos propostos pela instituição? Como a sua realidade encara estes conteúdos? Na prática, este conteúdo é válido para seus alunos?
Eu particularmente, não gosto dos conteúdos propostos pela instituição, os livros didáticos não proporcionam aos alunos clareza e são insuficientes para atender as necessidades que eles apresentam. Nós, professores, muitas vezes temos que buscar uma linguagem que alcance os alunos, pois eles possuem muitas dúvidas de interpretação para entender a escrita do livro, mesmo com essas dificuldades o livro é muito válido, na prática ele serve mais como um livro de apoio do que como um livro “matriz”.

-Um dos grandes problemas do processo de ensino-aprendizagem é a dificuldade do professor passar os conteúdos estabelecidos pelo currículo escolar. Que meio você utiliza que auxilia e possibilita a apreensão dos “saberes” neste processo?
A maioria das vezes o conteúdos estabelecidos pelo currículo escolar não corresponde a realidade da sala de aula, no meu caso procuro transmitir para os meus alunos as práticas, por exemplo, em matemática( matéria que a maioria apresenta dificuldades) trago materiais concretos para a melhor compreensão do conteúdo
-Acabo ganhando mais tempo, pois eles aprendem vários assuntos dentro de uma mesma aula!!! (interdisciplinarização).

- Quais são as atividades de produção de conhecimento, científicos ou não, sistematizados ou não, levados por você para fazer a avaliação dos seus alunos?
Busco está avaliando meus alunos todos os dias, em uma construção textual, atividades de raciocínio lógico, situações-problema, sua participação individual ou atividades em grupo e etc. Embora seja obrigada a aplicar provas, não gosto de ter apenas esse instrumento como avaliação para saber o nível de aprendizagem deles.

- Quais as características, em relação as condições da escola, que prejudicam a aprendizagem dos seus alunos?
Os fatores que prejudicam o desenvolvimento do aluno são as datas de avaliação, essas datas são muito próximas uma das outras, não dando a oportunidade para nós, professores, trabalharmos mais afundo na matéria que é apresentada. Quando cumprimos estas datas percebemos que alguns alunos não estavam atingindo as nossas expectativas devido ao pouco tempo para aprendizagem.
É preciso desenvolver, na escola, processos de construção coletiva e compartilhada de uma proposta pedagógica que tenha um olhar sobre os seus alunos permanentemente atualizado, de um planejamento cuidadoso das aulas ou atividades, definindo-se as melhores estratégias e os melhores recursos de ensino-aprendizagem a serem utilizados.Assim o currículo terá os conteúdos necessários para o ensino, mas sempre com uma visão prática sobre a realidade em que está inserido.
Mas está discussão não termina por aqui ainda não terminamos de dialogar sobre o texto !!!!Até a próxima postagem!!
Este texto foi produzido com base em:

GIMENO SACRISTAN, J. "Currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise da prática?" In: Gimeno Sacristan, J. y Pérez Gomes, A. I. Compreender e transformar o ensino. Porto Alegre: Artmed, 1998, 4ª ed. – pp. 119-148.

terça-feira, 2 de junho de 2009

*Dicas de Complementos de Estudos*



Livro:"Currículo:pensar, sentir e diferir"
Uma dica de um bom livro que fala sobre o assunto que estamos levantando no blog,e em sala, é: "Currículo: pensar, sentir e diferir", coletânea de textos organizada por Antonio Flavio Barbosa Moreira, José Augusto Pacheco e Regina Leite Garcia, reúne artigos de especialistas que participaram do II Colóquio luso-brasileiro de questões curriculares.
Sendo mais específica o capítulo 4, "Cultura e currículo: um passo adiante", feito por Afredo Veiga-Neto, mostrando que o currículo é na verdade uma porção da cultura, em termos de conteúdos e práticas,em que encontramos nele a vida escolar e também uma extensão de boa parte da nossa vida social.
Ele possui um outro olhar de currículo e nos mostra o alargamento deste conceito, que pra nós, muitas vezes, é tão sistematizado, como por exemplo o "currículo de mídia, currículo das novelas, currículo das revistas de moda, currículo dos shopping-centers, curriculo das campanhas políticos-patidárias etc"; que estam além dos saberes da escola como acredito ser também o currículo familiar, currículo da comunidade entre outros que nos faz entender as diversidades, que em tempo a escola produz e reproduz na sociedade através da cultura que está internalizada ao estudo.
Este é um bom material em que você pode ter acesso para suas ações como aluno-pesquisador.Aproveite!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Slides com tópicos do texto:Currículo, conhecimento e cultura.


"Currículo= porção de cultura?!"

Este slide fala sobre o tópico 4.4 do texto:"Currículo, conhecimento e cultura" apresentado em sala.

A interação curriculo+cultura é o foco levantado nestes slides, ele mostra como a nossa visão tem se tornado homogênea, e como esteriotipamos as pessoas em suas culturas, mas também aponta sugestões de como repensar esses conceitos errados, valorizando a diversidade cultural.

Questões levantadas a partir do texto:"Currículo, conhecimento e cultura", dos autores:Antonio Flavio Barbosa Moreira e Vera Maria Candau.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A importância da cultura em nosso currículo



O que é importante ter dentro do currículo? Será que nosso currículo está dando conta da realidade em que estou inserido? Perguntas e questionamentos nos ajudam, inicialmente, a entender como estamos discutindo as relações entre currículo e cultura.
Um bom filme que fala sobre este assunto é:"Babel".Ele fala sobre diferentes pessoas e suas diferentes culturas, mostra-nos: como mesmo entre as diferenças possuímos algo que nos une. Sabemos que:" Todos nós somos diferentes e por isso somos iguais, isto quer dizer que pertencemos todos do mesmo grupo, o "Grupo dos diferentes".
O interessante é a grande lição que tiramos já no início do texto, em que achamos que não temos ligação nenhuma com o que acontece com as pessoas, mas só damos conta quando isso nos atinge.Essas ligações, como mostrado no filme revela como realmente devemos pensar no outro e no coletivo,; dentro do filme percebemos também diálogos que são marcantes sobre nossas concepções das diferentes culturas, como no caso da mexicana que quando consegue ajuda para ela e as crianças é totalmente impedida de dizer quaquer coisa, pois por ser mexicana não pode estar olhando as crianças, mas pode ser uma sequestradora, ou o caso da mãe das crianças sobre a divulgação e importância dada pela mídia em dizer que uma americana foi baleada, enquanto várias pessoas morrem em outros lugares sem nenhum tipo de importância internacional. Fatos que vemos acontecer simplesmente porquê alguns tem uma cultura superior que pode ou não lhe dar características como: sequestradora(mexicana), matador saginário( tiro acidental dado por um menino em Marrocos) ou "-Ser rica, é feliz!!(chinesa), esteriótipos que muitas vezes colocamos só de olhar os outros e por isso trago esse questionamento para pensarmos como essa visão deve ser discutida dentro da escola.
As culturas são produzidas pelos grupos sociais ao longo das suas histórias, na construção de suas formas de subsistência,na organização da vida social e política, nas suas relações com o meio e com outros grupos, na produção de conhecimentos,etc. Sabemos que as diferenças entre as culturas é fruto da singularidade desses processos de cada grupo social e por tanto o conhecimento se torna relativo,pois "quando um grupo compartilha uma cultura, compartilha um conjunto de significados, construídos, ensinados e aprendidos nas práticas de utilização da linguagem".(p.27)
Então como entender as relações entre currículo e cultura?Acredito que para o currículo funcionar na escola é necessário,primeiro, ver a cultura da comunidade,para se construir princípios que possam nortear currículos que incluam a diversidade cultural, com tão bem colocado no texto, e sempre se discuta o valor significativo deste currículo em nossas escolas!!
Referencias da reflexão:
*Filme"Babel"
* MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa e CANDAU, Vera Maria. “Currículo,
conhecimento e cultura”. In: MOREIRA, Antonio Flávio e ARROYO, Miguel.
Indagações sobre currículo. Brasília: Departamento de Políticas de Educação

Infantil e Ensino Fundamental, nov. 2006, p.83-111.
 

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